"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Filas, inflação, insegurança e censura fazem parte da realidade venezuelana.



Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado teme que Brasil legitime uma farsa nas eleições da Venezuela




Brasília – Em reunião na Comissão de Relações Exteriores desta terça-feira, 24, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) voltou a cobrar do ministro Mauro Vieira uma postura mais incisiva do governo Dilma Rousseff a respeito da crise na Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores se limitou a dizer que confia no trabalho da comissão formada pela Unasul e é preciso esperar os resultados das eleições. “O governo está empenhado com muita energia e boa vontade para promover o entendimento”.

Mas o senador Aloysio Nunes teme que o Brasil legitime uma farsa. O tucano mencionou que, um dia após ser eleito para presidir Argetina, Mauricio Macri anunciou que irá cobrar a exclusão do Mercosul do país governado por Nicolás Maduro por não cumprir as cláusulas democráticas do bloco.

Aloysio Nunes disse que os sinais são extremamente preocupantes: oposicionistas como Leopoldo López estão presos e outros, como a deputada Maria Corina Machado, foram impedidos de competir nas eleições do próximo dia 6 de dezembro. “É como se fosse um assunto irrelevante para o governo brasileiro”.

Para o senador, o silêncio do governo Dilma é um desrespeito à própria Constituição brasileira, que determina que um dos princípios que devem reger as relações internacionais do Brasil é o respeito aos direitos humanos, que estão sendo abertamente violados pela tirania venezuelana.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores lembrou ainda que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, mostrou preocupação sobre a eleição na Venezuela se revelar uma fraude.

“E se não for uma fraude, a preocupação é com o banho de sangue anunciado pelo presidente Maduro, que disse, em declarações amplamente divulgadas pela imprensa, que se, porventura, o governo perder as eleições, ele está preparado para reagir inclusive militarmente. É uma situação intolerável”, disse Aloysio Nunes.

Comunicação Aloysio Nunes
Missão Ushuaia, Venezuela 24/11/2015.