"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Esposa de opositor pede que o mundo ajude a Venezuela a sair da crise.

A esposa do prefeito de Caracas, Mitzy Capriles de Ledezma, durante entrevista coletiva em Madri, no dia 1° de julho de 2015. Foto de Javier Soriano/AFP/Arquivos

A comunidade internacional é fundamental na busca de soluções para a crise política na Venezuela, afirmou nesta quinta-feira Lilian Tintori, mulher do líder opositor Leopoldo López, condenado a mais de 13 anos de prisão.

"A comunidade internacional é chave em tudo o que estamos vivendo na Venezuela", disse Titori em Nova York, aonde chegou para denunciar o caso de López durante a Assembleia Geral da ONU. 

Segundo Tintori, os venezuelanos estão sozinhos dentro de seu país, porque as instituições estão controladas pelo Executivo e não há Justiça. 

"Cabe a nós buscar justiça nas entidades internacionais e nos países aliados, irmãos, e aqui nos Estados Unidos tivemos esse acompanhamento", afirmou. 

Em entrevista coletiva na sede do Conselho das Américas, Lilian disse hoje que teve encontros "privados" com vários "presidentes" e se reuniu com o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, em paralelo à Assembleia Geral. Seu objetivo é promover a observação internacional nas eleições legislativas de 6 de dezembro no país. 

Segundo ela, a oposição busca uma "observação internacional qualificada das eleições". Ainda restam "12 dias" até o fim do prazo para que os observadores se apresentem. 

Lilian integra a Comissão de Direitos Humanos da coalizão opositora MUD. 

Até agora, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela convocou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e especialistas do Mercosul, Alba e Celac, entre outros organismos. A OEA e a União Europeia se ofereceram para participar, mas não foram convidados.


Arte: UntalRo 

Líder da ala radical da oposição, López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por incidentes violentos ocorridos durante os protestos contra o governo de Nicolás Maduro que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014. 

Sua mulher reiterou que o político é inocente e que enfrentou um julgamento manipulado e injusto. 

No fim de agosto, Tintori se reuniu em Washington com o secretário de Estado americano, John Kerry, que rejeitou a sentença e, em fevereiro passado, teve um encontro com o vice-presidente desse país, Joe Biden. 

"Diante do regime antidemocrático corrupto, repressor" e desumano do presidente Nicolás Maduro, "resta-nos a esperança dos líderes democratas do mundo que rejeitam as violações de direitos humanos", declarou Tintori, durante uma conferência na sede do Conselho das Américas. 

Fonte: AFP 
Missão Ushuaia, Venezuela