"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Cineasta baiano vai à Venezuela tentar mostrar realidade no país.

Na Foto: lado esquerdo, Arlen Cezar (fotógrafo), no centro o senador boliviano refugiado no Brasil Roger Pinto, segurando a foto da jornalista peruana Pilar Celi, lado direito, Dado Galvão (documentarista) em Brasília gravando para o documentário Missão Bolívia

O cineasta baiano Dado Galvão, que fez um excelente trabalho sobre o caso do senador Molina, trazido ao Brasil em operação isolada do diplomata Eduardo Saboya após ficar mais de um ano confinado na embaixada brasileira de seu país, volta à tona com um projeto humanitário, desta vez na Venezuela, de acordo com informações do colunista da Veja, Rodrigo Constantino. 

"Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015", disse ao colunista.

Ainda segundo a publicação, Dado Galvão e o fotógrafo paraibano, Arlen Cezar, pretendem viajar para a Venezuela em novembro. "Iniciamos nossas atividades de divulgação nas redes sociais e estamos pedindo ajuda para que seja possível viajar com tranquilidade financeira", disse. Confira o vídeo promocional.

Fonte: Bocão News
Missão Ushuaia, Venezuela 18/07/2015.

Repórteres Sem Fronteiras: Maduro em 'lista negra' contra a imprensa.

"Jornalismo de joelhos não é jornalismo". Arte: @Untal_Ro

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, do Equador, Rafael Correa, e de Honduras, Juan Orlando Hernández, aparecem em uma lista de líderes mundiais que denegriram, insultaram ou acusaram representantes da imprensa, divulgada nesta sexta-feira pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF).

Para a organização, os três presidentes exemplificam para a América Latina o que a RSF considera declarações de chefes de Estado ou de governo "contrárias ao princípio da liberdade de informação que ilustram as tensões às quais estão submetidos os jornalistas cuja única culpa é exercer seu ofício".

A organização afirma que Maduro "não desperdiça nenhuma chance em suas conferências públicas (onde as intervenções dos jornalistas não são bem-vindas) para acusar a imprensa estrangeira, como aCNN em espanhol e o Miami Herald, de realizar uma 'campanha internacional' contra a Venezuela".

A ONG ilustra esse comentário com declarações de Maduro feitas no dia 18 de setembro de 2014, em que o presidente acusou esses veículos de comunicação de tentar "envenenar e usar seu veneno contra a Venezuela no mundo".

A RSF se queixa que o equatoriano Correa "utiliza o mesmo modelo" de valer-se de discursos oficiais para criticar jornalistas e cita o discurso pronunciado em 16 de maio, quando o presidente criticou o administrador do site Crudo Ecuador.

A entidade também informa que Correa acusou a imprensa de utilizar "o discurso mal-intencionado da oposição que demoniza o que é perfeitamente legítimo, democrático e transparente", em reação a comentários do apresentador de televisão Alfonso Espinosa sobre o projeto de reeleição indefinida do presidente.

Sobre Juan Orlando Hernández, a RSF menciona declaração do presidente hondurenho no Dia do Jornalista, quando Hernández denunciou os "pseudo-jornalistas que dissimulam, tergiversam e inventam pela vontade que têm de colocar o país a sangue e a fogo".

Outros integrantes da "lista negra" são os presidentes de Turquia, Recep Tayyip Erdogan; Gâmbia, Yayah Jammeh; Guiné, Alpha Condé, assim como o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e o da república russa da Chechênia, Ramzan Kadyrov.

Para a organização, alguns deles demonstram que "não toleram nenhuma discordância, nenhum debate"; outros equiparam "sistematicamente" qualquer um que os questione a "um ato de complô ou uma ingerência estrangeira".

Fonte: EFE, Veja
Missão Ushuaia, Venezuela. 18/07/2015