"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Crise política e social na Venezuela na agenda dos chefes de Estados da 48ª Cúpula do Mercosul.


A 48.ª Cúpula do Mercosul, marcada para a próxima sexta-feira, em Brasília, na qual o Brasil passará a Presidência rotativa do grupo para o Paraguai, vai debater, entre outros pontos a situação social e política na Venezuela.

Outros pontos da agenda da Cúpula de chefes de Estado da organização, em que participarão ainda representantes da Argentina, Uruguai e Venezuela, são a construção de um acordo comercial com a União Europeia e a adesão da Bolívia. O Presidente boliviano, Evo Morales, pode ser um obstáculo para o acordo entre os blocos econômicos europeu e sul-americano.

“Se o Mercosul quer forjar um acordo de livre-comércio com a UE, a Bolívia terá que se retirar”, afirmou Morales no mês passado, citado pela agência noticiosa Efe. O avanço do acordo tem sido defendido pelo Brasil, mas existem divergências nas áreas industrial e agrícola além da resistência de outros membros do Mercosul.


Um dia antes, na quinta-feira, ocorrerão a 48.ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum e a 42.ª Reunião Ordinária do Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do bloco.

Além dos membros plenos do Mercosul, também participarão na Cúpula os Estados Associados Chile, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Suriname e Guiana. Esta será a primeira vez que o Paraguai assumirá a Presidência do grupo após a destituição do ex-presidente Fernando Lugo, em 2012, considerada pelo bloco uma quebra na democracia do país.

A Cúpula de chefes de Estado ocorre na sexta-feira, mas as últimas reuniões de trabalho comandadas pela Presidência temporária do Brasil começaram segunda-feira em Brasília.

Durante esta semana, haverá encontros do fórum de consulta e coalizão política do bloco e de Estados Associados, do fórum Consultivo Econômico e Social, e de especialistas na Redução de Riscos de Desastres Sócio-ambientais, Defesa Civil, Proteção e Assistência Humanitária.

Para hoje está agendada a realização do fórum empresarial do bloco, na cidade de Belo Horizonte, para fomentar a integração dos países nas áreas de promoção comercial e atração de investidores. Já entre os dias 14 e 16 de julho, haverá a Cúpula Social do Mercosul, com organizações da sociedade civil e movimentos sociais.



Fontes: Observador, Portugal, Governo do Brasil. 
Missão Ushuaia, Venezuela. 15/07/2015.

Todos os presidentes do Mercosul confirmam presença na cúpula de Brasília


Os governantes de Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela confirmaram presença na 48ª Cúpula do Mercosul, que nas próximas quinta (16) e sexta-feira (17) terá como anfitriã a presidente Dilma Rousseff, informaram nesta segunda-feira (13) fontes oficiais.

A cúpula será realizada em Brasília e também foram convidados os presidentes de Chile, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Suriname e Guiana, cujos países têm o status de Estados associados ao bloco.

No entanto, até agora não há uma confirmação sobre a presença desses sete líderes, explicou em entrevista coletiva o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral para a América do Sul do Ministério das Relações Exteriores.

No entanto, o diplomata disse que há uma "forte indicação" que estarão presentes, pelo menos, os presidentes da Bolívia, Evo Morales, cujo país está em processo de adesão ao bloco, e da Guiana, David Granger.

A primeira das atividades organizadas no marco da cúpula será uma reunião do chamado Mercosul Social, que agrupa organizações da sociedade civil dos cinco países do bloco.

Os debates dos membros do Mercosul Social serão realizados entre quarta e quinta-feira e abrangerão iniciativas para dar um maior protagonismo aos movimentos sociais nas decisões do bloco e discussões sobre o papel da imprensa alternativa.

Também na quinta-feira será realizada a Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC), integrado pelos ministros das Relações Exteriores dos cinco países do bloco, à qual depois se unirão os chanceleres dos sete Estados associados.

Segundo Simões, no encontro do CMC serão analisados alguns assuntos relacionados com o processo de adesão da Bolívia como membro pleno do bloco, que já foi aprovado pelos parlamentos de Argentina, Uruguai e Venezuela.

O protocolo de adesão da Bolívia foi assinado em dezembro de 2012, quando o Paraguai ainda estava suspenso como consequência da cassação do presidente Fernando Lugo em junho desse mesmo ano.

Por essa razão, em Brasília será feita uma modificação de ordem burocrática ao protocolo, de modo que o governo paraguaio possa assiná-lo e remeter também a seu parlamento para o devido trâmite.

Na sexta-feira, os líderes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela terão uma primeira reunião privada, à qual se unirão para uma segunda sessão os líderes ou representantes de Chile, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Suriname e Guiana.

Segundo Simões, o programa oficial da Cúpula de Brasília prevê que a reunião concluirá com um almoço oferecido por Dilma aos presidentes e suas delegações, que da mesma forma que a própria cúpula será realizada no Palácio Itamaraty.

Fonte: Época - Negócios 
Missão Ushuaia, Venezuela. 14/07/2015