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Documentarista brasileiro de 'oposição' vai à Venezuela para filmagem antes das eleições legislativas. Saiba detalhes e veja trecho

Dado Galvão e o diplomata Eduardo Saboia em Brasília, 
gravação para Missão Bolívia

O cineasta baiano Dado Galvão, que se notabilizou por elaborar produções de oposição a regimes como o cubano e os ditos “bolivarianos”, estará na Venezuela em novembro, antes das eleições legislativas no país, previstas para 6 de dezembro. Gravará documentário cujo título já está definido como “Missão Ushuaia”.

O nome do documentário remete ao protocolo homônimo assinado pelos os países-membros do Mercosul.

Dentre os pré-requisitos para fazer parte do bloco econômico sul-americano, está o respeito à democracia.

Dado Galvão, que em 2013 trouxe a oposicionista moderada cubana Yoani Sánchez ao Brasil, explica:

Dado Galvão recepciona Yoani Sánchez no aeroporto de Recife, 
presenteando Sánchez, com uma escultura de baiana, ao fundo 
com uma bandeira do Brasil, o fotógrafo Arlen Cezar  

- O nosso documentário vai seguir essa linha. Se realmente há a violação de direitos humanos e não há segurança na Venezuela, o que ela faz no Mercosul? Por muito pouco o Paraguai foi retirado, após o impeachment de (Fernando) Lugo (ex-presidente de esquerda, afastado em votação-relâmpago do Legislativo local), e depois foi analisado que seguiu-se a constituição paraguaia.


O cineasta brasileiro vai à Venezuela acompanhado do fotógrafo paraibano Arlen Cezar.

Na foto:  no lado direito, a estudante Sairam Rivas

Ainda arrecadando verba para a filmagem, ambos serão acompanhados da ex-modelo e estudante Sairam Rivas, 21 anos, que ficou presa por cinco meses por fazer oposição ao presidente Nicolás Maduro.

É o terceiro documentário de Dado.

O primeiro, Conexão Cuba-Honduras (2013), resultou na visita da blogueira cubana Yoani Sánchez ao Brasil.

Dado também gravou o Missão Bolívia – aqui, a íntegra. Nesse documentário, pretendia entrevistar Roger Pinto Molina, senador boliviano asilado na embaixada do Brasil no país. Para tanto, teve a ajuda de políticos e advogados para levarem Molina de carro de La Paz até Corumbá, cidade mais próxima da fronteira da Bolívia.


Fonte: Léo Gerchmann, Território Latino - Zero Hora
Missão Ushuaia, Venezuela. 05/08/15