MISSÃO USHUAIA, VENEZUELA
"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Nota do senador Aloysio Nunes (presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado do Brasil) sobre as eleições na Venezuela

Crédito: Divulgação

A vitória acachapante da oposição nas eleições legislativas desta madrugada demonstra o forte repúdio do povo venezuelano ao autoritarismo bolivariano, hoje, em toda parte, sinônimo de inflação galopante, corrupção endêmica e falta de segurança. Esse resultado, assim como a vitória de Maurício Macri na Argentina, traz novo alento para a democracia na América do Sul.

O presidente Nicolás Maduro reconheceu a derrota, mas é preciso permanecer atento. O governo brasileiro, que externou ainda que tardiamente preocupação em relação à escalada autoritária na Venezuela, não pode agora simplesmente recolher-se.

A oposição enfrentou uma campanha desigual e terá que atuar em um ambiente institucional que ainda traz a marca do autoritarismo bolivariano, como assinalou o Secretário-Geral da OEA, Luís Almagro, em sua carta aberta ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

O governo brasileiro não pode permanecer indiferente diante do fato de que o Maduro mantém presos líderes opositores, como Leopoldo López, Antonio Ledezma e Daniel Ceballos, nem ignorar que políticos com expressiva votação, como a deputada María Corina Machado, tiveram seus mandatos arbitrariamente cassados e não puderam participar do último pleito.

A reparação dessas injustiças é incomparável aos compromissos democráticos assumidos pelo Brasil e pela Venezuela na OEA e merecem o repúdio do Mercosul, na sua próxima cúpula, em Assunção.

A nova equação política parlamentar na Venezuela deve contribuir para trazer o país à racionalidade econômica e à normalidade democrática. O Brasil, pelo seu peso na região, pode e tem de ajudar nesse processo, mesmo no momento em que também atravessa dificuldades econômicas e políticas.

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado
Brasília, 7 de dezembro de 2015
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GLOBOVISIÓN AO VIVO VENEZUELA



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CIDADANIA PELA DEMOCRACIA NO MERCOSUL


Rastreamento da bandeira do MERCOSUL, enviada pelo Correios ao escritor e jornalista venezuelano (Carlos Javier Arencibia). Acesse aqui o link dos site dos Correios e digite o código de rasteamento. EE053644550BR

"É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca". (Dom Hélder Câmara)


COMUNICADO

Por erro do Correio local (Jequié-Bahia) na forma de envio, a bandeira do MERCOSUL, enviada dia (30/11/2015), aos cuidados do jornalista e escritor venezuelano Carlos Javier Arencibia​, foi devolvida pelos Correios e reenviada novamente (sem custos adicionais) pela modalidade de envio correta, segundo o Correio local. 

Para acompanhar o deslocamento da bandeira acesse o link 
dos Correios, clicando aqui (e digite o código abaixo). 

O novo código de rastreamento é: RR000810207BR
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COMUNICADO




Jequié, Bahia, Brasil, 27/11/2015.

Lamento comunicar o cancelamento do projeto "Missão Ushuaia" no formato como havia sido originalmente concebido. O apoio financeiro não foi suficiente para cobrir as mínimas de meu deslocamento para Caracas e não há tempo hábil para reverter essa situação antes das eleições legislativas na Venezuela.

Agradeço o apoio financeiro e a ajuda na divulgação do projeto. Providenciarei a restituição integral dos valores recebidos, para o que solicito a cada um entrar em contato comigo por e-mail. 

Vários amigos encorajaram-me a perseverar no projeto de documentar a triste degradação política num país que já foi uma democracia importante na América do Sul e que abrigou inclusive brasileiros perseguidos pelo regime militar no Brasil. A democracia constitui um dos pilares do MERCOSUL e o Brasil tem a responsabilidade de fazer valer as cláusulas do Protocolo de Ushuaia sobre compromisso democrático. O projeto tinha um sentido também pedagógico de provocar uma reflexão sobre o que está hoje em jogo não apenas na Venezuela, mas também no Brasil e demais sócios do MERCOSUL, para convencer os governos de nossos países a não permanecerem passivos diante da escalada de repressão política e desrespeito aos direitos humanos no país vizinho.

É fruto da provocação da nossa missão a aprovação do requerimento (N° 67 de 20 de agosto de 2015) de autoria do senador José Agripino, convidando os jovens venezuelanos Carlos Javier Arencibia (escritor e jornalista) e Sairam Rivas (estudante) para tratar em audiência pública (data a ser definida) da situação política na Venezuela 

Enviarei pelos Correios (27/11) a bandeira do MERCOSUL, aos cuidados de Carlos Javier Arencibia, na bandeira, cidadãos venezuelanos poderão escrever mensagens, a bandeira será entregue ao presidente da Comissão da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, senador Aloysio Nunes, durante a cúpula do MERCOSUL que acontecerá em dezembro no Paraguai.

É nesse sentido que pretendo apresentar nas próximas semanas nova versão do projeto, para o qual espero, dessa vez, conseguir recursos suficientes.

Paz e bem.

Dado Galvão (documentarista)
Missão Ushuaia, Venezuela.
www.DadoGalvao.org
www.MissaoBolivia.com
www.MissaoUshuaia.org
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Cineasta baiano grava documentário sobre a tensão eleitoral na Venezuela


Coluna Esplanada
Missão Ushuaia, Venezuela. 27/11/2015

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CINE ATIVISMO EM LUTA PELA DEMOCRACIA NA AMÉRICA LATINA


O documentarista baiano da cidade Jequié, Dado Galvão, embarcará dia 30/11 em Vitória da Conquista (BA), rumo ao Aeroporto de Guarulhos (SP), de onde seguirá para Caracas capital venezuelana.

Galvão colocará em atividade o que define como cine ativismo, a realização de uma missão denominada, “Missão Ushuaia, Venezuela”, com objetivo de dialogar com venezuelanos, como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015.

USHUAIA

Faz referências ao Protocolo de Ushuaia, assinado em 24 de julho de 1998 na cidade Argentina de Ushuaia, inicialmente pelos quatro estados membros de MERCOSUL, (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), mais dois Estados associados (Bolívia e Chile), reafirmando o compromisso democrático entre os Estados membros do MERCOSUL.

Em 08 de julho de 2004, na XXVI Reunião do Conselho do Mercado Comum, realizada em Puerto Iguazú na Argentina, a República Bolivariana da Venezuela foi admitida como Estado Associado do MERCOSUL.

A Decisão do Conselho do Mercado Comum estabelece a necessidade de adesão ao Protocolo de Ushuaia e à Declaração Presidencial sobre o Compromisso Democrático no MERCOSUL;

Que a democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional.

Em 19 de julho de 2005, na XXVIII Cúpula do MERCOSUL, em Assunção no Paraguai foi aprovada a adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Protocolo de Ushuaia sobre o Compromisso Democrático no MERCOSUL, a República da Bolívia e a República do Chile e à Declaração Presidencial sobre o Compromisso Democrático no MERCOSUL.

CINEMA, SOLIDARIEDADE E MISSÃO.

Galvão seguira sozinho para Venezuela, com ajuda de amigos, onde ficará hospedado na casa do jornalista e escritor venezuelano, Carlos Javier Arencibia (autor do livro “Testemunhos da Repressão”).

Inicialmente Missão Ushuaia, Venezuela, contaria com a participação do fotógrafo paraibano Arlen Cezar, que ficou impossibilitado de viajar, os apoios e doações conseguidos pela missão não foram suficientes para cobrir os custos da viagem para duas pessoas.

NA BAGAGEM.

O documentarista baiano levará além de uma câmera, cartilhas e uma bandeira do MERCOSUL, onde cidadãos venezuelanos poderão escrever mensagens na bandeira que será entregue no regresso da missão ao presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, senador Aloysio Nunes.

“Missão Ushuaia, Venezuela pretende promover, provocar na prática a cidadania MERCOSUL, ingressarei na Venezuela, propositalmente no exercício da cidadania, usando uma RG (cédula de identidade)”, afirma Galvão, que pretende entrevistar os embaixadores dos países membros do MERCOSUL na Venezuela, familiares de presos políticos, o arcebispo de Caracas Jorge Urosa Savino, jovens, jornalistas autoridades e opositores, regressando ao Brasil dia 12 de dezembro. 


ARGENTINA PEDIRÁ NO MERCOSUL SUSPENSÃO 
DA VENEZUELA DO GRUPO.

Segundo informações da Agência EFE, o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, antecipou nesta segunda-feira (23) que, na próxima Cúpula do MERCOSUL, em dezembro, solicitará que seja aplicada a cláusula democrática contra a Venezuela pela “perseguição aos opositores e à liberdade de expressão”.

A Cúpula do MERCOSUL, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais.

“É evidente que cabe a aplicação dessa cláusula porque as denúncias são claras, são contundentes, não são uma invenção”, disse hoje o líder do Mudemos em sua primeira entrevista coletiva após a vitória sobre o governista Daniel Scioli no segundo turno da eleição presidencial, realizado ontem na Argentina.

“A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático que nós argentinos assumimos”, acrescentou o presidente eleito, que já tinha antecipado durante a campanha sua intenção de denunciar a Venezuela no MERCOSUL caso chegasse à Casa Rosada.

Rodrigo Constantino
Missão Ushuaia, Venezuela. 25/11/2015
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Filas, inflação, insegurança e censura fazem parte da realidade venezuelana.


Clique na imagem para assistir o vídeo 

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Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado teme que Brasil legitime uma farsa nas eleições da Venezuela



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Brasília – Em reunião na Comissão de Relações Exteriores desta terça-feira, 24, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) voltou a cobrar do ministro Mauro Vieira uma postura mais incisiva do governo Dilma Rousseff a respeito da crise na Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores se limitou a dizer que confia no trabalho da comissão formada pela Unasul e é preciso esperar os resultados das eleições. “O governo está empenhado com muita energia e boa vontade para promover o entendimento”.

Mas o senador Aloysio Nunes teme que o Brasil legitime uma farsa. O tucano mencionou que, um dia após ser eleito para presidir Argetina, Mauricio Macri anunciou que irá cobrar a exclusão do Mercosul do país governado por Nicolás Maduro por não cumprir as cláusulas democráticas do bloco.

Aloysio Nunes disse que os sinais são extremamente preocupantes: oposicionistas como Leopoldo López estão presos e outros, como a deputada Maria Corina Machado, foram impedidos de competir nas eleições do próximo dia 6 de dezembro. “É como se fosse um assunto irrelevante para o governo brasileiro”.

Para o senador, o silêncio do governo Dilma é um desrespeito à própria Constituição brasileira, que determina que um dos princípios que devem reger as relações internacionais do Brasil é o respeito aos direitos humanos, que estão sendo abertamente violados pela tirania venezuelana.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores lembrou ainda que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, mostrou preocupação sobre a eleição na Venezuela se revelar uma fraude.

“E se não for uma fraude, a preocupação é com o banho de sangue anunciado pelo presidente Maduro, que disse, em declarações amplamente divulgadas pela imprensa, que se, porventura, o governo perder as eleições, ele está preparado para reagir inclusive militarmente. É uma situação intolerável”, disse Aloysio Nunes.

Comunicação Aloysio Nunes
Missão Ushuaia, Venezuela 24/11/2015.
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Recém-eleito, argentino Macri pedirá no Mercosul suspensão da Venezuela do grupo



O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, antecipou nesta segunda-feira (23) que, na próxima Cúpula do Mercosul, em dezembro, solicitará que seja aplicada a cláusula democrática contra a Venezuela pela "perseguição aos opositores e à liberdade de expressão".

A Cúpula do Mercosul, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais.

"É evidente que cabe a aplicação dessa cláusula porque as denúncias são claras, são contundentes, não são uma invenção", disse hoje o líder do Mudemos em sua primeira entrevista coletiva após a vitória sobre o governista Daniel Scioli no segundo turno da eleição presidencial, realizado ontem na Argentina. 

"A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático que nós argentinos assumimos", acrescentou o presidente eleito, que já tinha antecipado durante a campanha sua intenção de denunciar a Venezuela no Mercosul caso chegasse à Casa Rosada. 

Ns últimas semanas, Macri se referiu várias vezes à situação da oposição na Venezuela, e muito especialmente ao caso do dirigente Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão. 

A mulher de López, Lilian Tintori, foi ontem à noite ao comitê eleitoral do Mudemos em Buenos Aires comemorar a vitória de Macri. 

A cláusula democrática prevista no Mercosul --formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, estabelece a possibilidade de suspender um Estado membro caso haja ruptura da ordem democrática, de acordo com o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que só pode ser aplicado por consenso. 

O acordo foi aperfeiçoado em 2011, mediante um novo protocolo, que dá margem a sanções mais severas, como o fechamento total ou parcial das fronteiras terrestres e a suspensão ou limitação do comércio, do tráfego aéreo e marítimo, das comunicações e do fornecimento de energia e de serviços. 

O protocolo foi utilizado em 2012 para suspender temporariamente o Paraguai depois de o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ser cassado pelo Congresso sem o "devido processo", consideraram os membros do Mercosul. 

O alto representante do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, descartou em outubro aplicar a cláusula democrática contra a Venezuela, quando Macri fez essa promessa de campanha. 

EFE 
Missão Ushuaia, Venezuela. 23/11/2015
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Presidente eleito da Argentina quer aliar Mercosul a bloco do Pacífic

Mauricio Macri mostrou vontade de destravar a negociação com a União Europeia, na qual a Argentina é o maior empecilho

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, afirmou na manhã desta segunda-feira, 23, que aguarda sua primeira reunião do Mercosul com expectativa. "O Mercosul precisa avançar nos acordos com a União Europeia (UE) e convergir para uma aliança com o Pacífico e aumentar o intercâmbio em geral", afirmou. Ele mostrou vontade de destravar a negociação com a UE, na qual a Argentina é o maior empecilho, e foi claro em seu plano de se aproximar da Parceria Transpacífica (TPP), acordo comercial que inclui 12 países.

Macri detalhou seus planos na área econômica. Destacou que não terá um ministro da Economia, mas um gabinete para o setor com seis pastas (Fazenda e Finanças, Trabalho, Energia, Produção, Transporte e Agricultura). Um dos favoritos para ocupar a primeira delas é Rogelio Frigerio.

Câmbio

Em sua primeira entrevista coletiva após a vitória de domingo sobre o governista Daniel Scioli, por 51,4% a 48,6%, o conservador reafirmou a promessa de liberar o controle sobre o câmbio, vigente desde 2011, mas suavizou o prazo e a forma. Ele disse durante a campanha que a mudança vigoraria em seu primeiro dia de governo. Ontem, reafirmou que as restrições ao câmbio "são um erro", mas falou em "camadas", o que poderia sugerir o uso de diferentes cotações por setores durante um período de transição.

Banco Central

Macri defendeu um Banco Central independente e reiterou o pedido de renúncia do atual presidente, Alejandro Vanoli, a quem considera um militante kirchnerista. Vanoli é alvo de uma investigação por vender "dólar futuro" em larga escala, em uma manobra para minimizar as perdas do país em reservas, estimadas em US$ 25,9 bilhões. Em relação a esse valor, disse que "é preciso saber o estado das contas públicas". 

Estatísticas

O Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) perdeu credibilidade durante os 12 anos de kirchnerismo. A inflação, estimada em 14% por ano pelo governo, está em cerca de 25% segundo consultorias. O porcentual de pobreza deixou de ser medido "para evitar estigmatização", nas palavras do ministro da Economia atual, Axel Kicillof. Macri afirmou "não haver menos de 13 milhões" de argentinos nessa situação.

YFP

O presidente eleito, que põe fim a um ciclo de 12 anos do kirchnerismo, foi mais flexível quanto à continuidade de Miguel Galuccio à frente da petrolífera estatal YPF. "Ainda vamos tomar a decisão", afirmou, salientando uma diferença com outros setores, que a seu juízo tiveram nomeações improvisadas.

IstoÉ
Missão Ushuaia, Venezuela 23/11/2015.
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ONGs pedem à Venezuela para travar "linchamentos"


O documento sublinha que "a omissão estatal perante a violência é também uma política pública que não dilui as responsabilidades dos funcionários perante estes fatos e as suas vítimas".

6 organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, entre as quais o Fórum pela Vida, exigiram ao Estado venezuelano que aplique políticas públicas para travar os "linchamentos" de supostos criminosos e garantir a integridade dos cidadãos.

"O crescente número de fatos em que grupos de pessoas arremetem violentamente contra supostos criminosos, ocasionando graves lesões ou, em vários casos, a morte, demonstram o fracasso do Estado na tarefa de conter a violência na sociedade", explicam as organizações em comunicado.

O documento, a que a agência de notícias Lusa teve acesso, sublinha que "a omissão estatal perante a violência é também uma política pública que não dilui as responsabilidades dos funcionários perante estes fatos e as suas vítimas".

Por outro lado, afirma que "as altas taxas de impunidade perante graves crimes, os atrasos judiciais, a degradação do sistema penitenciário, as enormes deficiências dos distintos corpos policiais, o debilitamento da investigação policial e judicial, são fatores que contribuem para esta progressiva deterioração da qualidade de vida na Venezuela", uma "situação que mostra a ausência de uma política pública para enfrentar o desafio da segurança cidadã".

Desde há vários meses que a imprensa venezuelana tem dado conta de situações em que grupos de cidadãos "lincham" indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em ações de criminalidade, alguns dos quais teriam falecido na sequência do ataque, situação que é questionada pelas organizações defensoras dos direitos humanos.

Mundo ao minuto
Missão Ushuaia, Venezuela. 19/11/2015.
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Maduro ameaça resistir a vitória opositora na eleição na Venezuela.


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou nesta segunda-feira (16) mobilizar simpatizantes e usar força militar para resistir a eventual vitória da oposição na eleição parlamentar de 6 de dezembro.

"Vamos ganhar a disputa eleitoral. Mas caso se desse a hipótese rejeitada, transmutada e sepultada [de uma derrota], eu estou cerebralmente, espiritualmente, politicamente e militarmente para assumi-la. E me lançaria às ruas", disse Maduro em discurso no palácio presidencial transmitido pela TV.

"Em todas as hipóteses, somos milhões. Somos um bloco compacto de revolucionários, de revolucionárias, patriotas, chavistas, bolivarianos. Somos uma força histórica", afirmou o presidente.

Nos últimos meses, a popularidade de Nicolás Maduro está abaixo de 25% devido à grave crise econômica, ao desabastecimento e à criminalidade que assolam os venezuelanos.

Em outubro, Maduro já havia anunciado que "não entregaria a revolução" e formaria uma "aliança cívico-militar" com simpatizantes em caso de derrota do chavismo na disputa pelas 167 cadeiras do Parlamento unicameral.

As ameaças podem ser interpretadas como sinal de que o governo está preocupado com as pesquisas eleitorais, que preveem unanimemente que a oposição conseguiria a maioria absoluta dos votos para a Assembleia.

A margem de vantagem das sondagens varia entre 20 e 30 pontos percentuais, dependendo do instituto.

Se a previsão se confirmar, esta será a primeira derrota eleitoral chavista desde 2007, quando o então presidente Hugo Chávez perdeu o plebiscito que lhe daria mais poderes para governar.

Mas, num complexo sistema que inclui votos por candidatos individuais e por lista, a oposição precisaria de uma ampla vantagem numérica nas urnas para conquistar mais de 84 cadeiras no Parlamento, que lhes daria maioria simples.

Segundo analistas, opositores só poderão confirmar seu favoritismo caso superem divergências internas e consigam convencer setores populares muitas vezes relutantes em transformar seu descontentamento em voto para a oposição ao chavismo.

Os adversários de Maduro se dizem confiantes, mas exigiram observadores internacionais para evitar possíveis fraudes. A intenção era que houvesse a participação de entidades renomadas, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), e que estas tivessem o poder de apontar irregularidades.

Caracas, porém, só aceitou a presença de acompanhadores da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), com poderes de fiscalização mais limitados que o desejado.

SOBRINHOS

Nesta segunda, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, disse que os dois sobrinhos da primeira-dama recém-detidos no Haiti e levados aos EUA sob suspeita de narcotráfico estão "sequestrados" pelo governo americano. Para ele, a operação é uma armação.

Os sobrinhos de Cilia Flores, mulher de Maduro, são acusados de tentar levar para os EUA um grande carregamento de cocaína.

SAMY ADGHIRNI DE CARACAS, FOLHA DE SÃO PAULO.
Missão Ushuaia, Venezuela. 17/11/2015.
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Episcopado venezolano pide al CNE asegurar cumplimiento de leyes y normas electorales




La Conferencia Episcopal Venezolana (CEV) pidió hoy al electorado venezolano participar masivamente en las elecciones parlamentarias del seis de diciembre, ya que “el voto de cada uno tendrá un peso fundamental para la construcción de una sociedad más democrática y pacífica”. 

“Es necesario que los ciudadanos tomemos conciencia de la seria responsabilidad de participar en estos comicios”, dijo monseñor Castor Azuaje Pérez, arzobispo de Trujillo, al leer un comunicado de la CEV en compañía de monseñor Jesús González de Zárate, obispo auxiliar de Caracas y secretario general de la Conferencia. 

En el comunicado, la CEV informó que el domingo 29 de noviembre se realizará una jornada de oración para implorar al espíritu santo que “nos conceda la sabiduría e inteligencia espiritual que necesitamos para construir una patria donde se conviva pacíficamente en la tolerancia y el respeto mutuo”.

“Auspiciamos que las elecciones del seis de diciembre se desarrollen pacíficamente, con amplia libertad, respeto y la mayor participación posible”, dice el documento. 

La jornada en la que más de 19 millones de venezolanos elegirán a los 167 diputados y diputadas de la Asamblea Nacional, así como la campaña que la precede, “deben ser una expresión clara de los valores ciudadanos y democráticos en los que aspiramos vivir la inmensa mayoría de los venezolanos”, agrega.


Entre esos valores, el texto menciona “la justicia, que nos exige respetar los derechos de toda persona, aun del que piensa distinto; la libertad para elegir sin coacción ni restricciones; la participación libre como factor esencial para el fortalecimiento de la democracia; la honestidad, que implica que las propuestas de los candidatos respondan a las grandes necesidades e intereses del pueblo, especialmente los más necesitados y vulnerable”.

También incluyó como valor fundamental “la tolerancia y el respeto, que exige se condene como tácticas electorales, la violencia política, el miedo y la descalificación personal; la equidad, por la que se garantiza a todos los aspirantes el acceso igualitario a los medios de comunicación y propaganda; y la prudencia, que nos dispone a discernir el verdadero bien y a elegir los medios para realizarlo”.

Al Consejo Nacional Electoral (CNE), la CEV le recordó su deber constitucional de “asegurar el cumplimiento de las leyes y normas electorales, el respeto a la opción del elector y al secreto del voto, y facilitar el ejercicio de sus derechos”. Asimismo, estimó que la presencia de observadores internacionales el seis de diciembre “ayudará a fortalecer la confianza y transparencia del proceso”.

Finalmente, pidió a los diputados que resulten electos que ejerzan su labor legislativa “con libertad de conciencia, buscando el bien de sus regiones y de la nación, y no sólo de los partidos políticos que los apoyan. Los resultados deben contribuir a favorecer el equilibrio democrático, por encima de los intereses particulares y partidistas”.

Fuente: Nota de prensa, Globovisión
Missão Ushuaia, Venezuela. 12/11/2015.
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Legisladores da América pedem observadores internacionais em eleições na Venezuela



Mais de cem legisladores dos Estados Unidos e de cinco países latino-americanos pediram que a Venezuela autorize observadores internacionais nas eleições de dezembro, em uma carta ao presidente Nicolás Maduro divulgada nesta quarta-feira.

Destacando a importância de assegurar a "legitimidade" das eleições, os legisladores pediram a Maduro "que permita a participação de várias organizações internacionais, nomeadamente da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia, na qualidade de observadores eleitorais".

A carta, assinada por 157 legisladores, sugere que "a presença de observadores internacionais permitiria que todos os venezuelanos confiem na integridade do processo e nos resultados" ante uma aparente atmosfera "de parcialidade e ausência de plena garantias".

Os signatários dos seis países expressaram preocupação com as medidas para impedir a participação de vários candidatos, ressaltando que é "alarmante" que apenas membros de partidos da oposição tenham tido negadas suas candidaturas.

"Isso realmente contribui para uma percepção pública que sugere que a atual situação pré-eleitoral se enquadra em uma atmosfera de preconceito e falta de plenas garantias", indicaram na carta distribuída em espanhol, inglês e português.

Também observaram que vários estudantes e líderes da oposição continuam presos, apesar dos apelos de várias organizações internacionais e personalidades estrangeiras de diferentes ideologias, e reiteraram o pedido para a sua "libertação imediata".

Além dos 18 senadores americanos dos partidos Republicano e Democrata, a carta foi assinada por 32 senadores do Brasil, 57 da Colômbia, 12 do Chile, e 25 deputados da Costa Rica e 13 do Peru, de vários espectros políticos.

A carta é lançada um dia depois de o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, questionar, em outra carta, as condições nas quais estão sendo organizadas as eleições de 6 de dezembro, quando os venezuelanos elegerão uma nova Assembleia Nacional (Parlamento unicameral).

O deputado venezuelano Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, respondeu, observando que a OEA é uma "ameaça" para a Venezuela e descreveu a instituição como "pervertida, corrupta e desacreditada."

AFP /Agence France-Presse
Missão Ushuaia, Venezuela 12/11/2015
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Maduro é denunciado em Haia por crimes de lesa humanidade


CARACAS, 11 NOV (ANSA) - Opositores venezuelanos denunciaram o presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes do governo chavista por crimes de lesa humanidade na Corte Penal Internacional (CPI) em Haia. Segundo eles, houve dura repressão contra protestos registrados em fevereiro de 2014, que deixaram dezenas de mortos e centenas de presos, além de assassinatos cometidos a mando de Caracas, tortura e perseguição por razões políticas. 

O líder do partido opositor Vontade Popular, Carlos Vecchio, e o advogado de diversos dissidentes detidos, como Leopoldo López, Juan Carlos Gutierrez, apresentaram um documento de mais de 150 páginas à procuradora da CPI, Fatou Bensouda, com uma lista detalhada das acusações. 

O texto aponta que o governo de Caracas "lançou uma política de Estado para atacar aquela parte da população tida como dissidente, os controlando , punindo e fazendo uso de meios criminosos para poder manter o poder a qualquer preço, inclusive perpetrando crimes de lesa humanidade". 

Segundo o jornal "El Mundo", que teve acesso ao documento, o texto foi elaborado por um grupo de advogados especialistas em Direito Internacional de todo o mundo, que recolheram relatos durante nove meses. 

De acordo com eles, políticas de repressão resultaram em ao menos 33 mortes de civis, a prisão de 3.351 manifestantes, além de 638 detenções arbitrárias, sem controle judiciário, sendo que foram registrados ao menos 437 casos de tortura. A Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional (AI), já denunciaram violações em diversas ocasiões. (ANSA).

Uol Notícias
Missão Ushuaia, Venezuela. 11/11/2015.
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Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pede à Venezuela proteção para diretores de meios de comunicação.


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu à Venezuela que adote medidas cautelares a favor de vários diretores de meios de comunicação que enfrentam ameaças e processos judiciais por parte de altos funcionários do governo, informou o organismo nesta terça-feira.

As medidas cautelares estão dirigidas a Teodoro Petkoff, Miguel Henrique Otero, Alberto Federico Ravell e Isabel Cristina Ravell, que segundo a CIDH "se encontram em uma situação de gravidade e urgência, com a ameaça de seus direitos e em risco".

Petkoff dirige a revista Tal Cual, Otero é editor chefe do jornal El Nacional e Ravell é proprietário do site La Patilla.

Diosdado Cabello, presidente do Parlamento e número dois do chavismo, processou em abril os três meios de comunicação venezuelanos por difamação ao reproduzir notícias do jornal espanhol ABC que o ligam a uma investigação federal dos Estados Unidos sobre o tráfico de drogas.

Segundo o órgão de direitos humanos da OEA, na Venezuela existe um "discurso estigmatizante por parte de funcionários públicos", incluindo Cabello, que pode colocar em risco jornalistas e comunicadores.

As autoridades venezuelanas devem empreender uma "atenção urgente e ações específicas para que cessem os atos de estigmatização e ameaça" contra os quatro diretores, destacou a CIDH.

AFP
Missão Ushuaia, Venezuela 11/11/2015.

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O ex-candidato presidencial e líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta segunda-feira (9/11) que foi alvo de um ataque armado por parte de "chavistas"


O ex-candidato presidencial e líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta segunda-feira que foi alvo de um ataque armado por parte de "chavistas", que atribuiu ao objetivo do governo de perturbar as eleições legislativas de 6 de dezembro.

Capriles, governador do estado de Miranda, denunciou no Twitter que no domingo, ao chegar à localidade de Yare, em Valles del Tuy (75 km ao sul de Caracas), um grupo de adeptos do governo do presidente Nicolás Maduro, liderado pelo prefeito Saúl Yánez, deu uns "20 a 25 tiros" para impedir seu comício na comunidade.

O governador divulgou um vídeo nas redes sociais sobre o incidente e responsabilizou Maduro.

"Em um país onde impera o estado de direito este prefeito estaria preso por tentativa de homicídio", disse Capriles, que em 2013 perdeu as eleições para Maduro por margem mínima.

"Nicolás Maduro disse para mandar bala (...) e pelo visto é o que resta para ele, apelar à violência", diante da perda da popularidade.

O prefeito Yánez também recorreu ao Twitter para acusar o governador de querer "provocar os chavistas" em Valles del Tuy. "Estamos mais unidos do que nunca para lhe dar uma surra em 6 de dezembro".

Capriles disse que ao realizar no domingo um percorrido por seis municípios de Miranda ocorreram vários confrontos com militantes chavistas.

Pela primeira vez desde que chegou ao poder, em 1999, o chavismo deverá enfrentar eleições legislativas contra uma oposição forte, que aparece com entre 14 e 31 pontos de vantagem nas pesquisas.

AFP
Missão Ushuaia, Venezuela. 10/11/2015.
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Batatinha volta ao McDonald’s na Venezuela - mas por R$ 500,00 (quinhentos reais), 800 bolívares venezuelanos, ou 126 dólares.


Depois de 10 meses sem o petisco, o McDonald's voltou a vender batatas fritas 100% fabricadas no país.

São Paulo – As batatas fritas do McDonald’s estavam ausentes da Venezuela desde o início do ano. Agora, elas voltaram, mas ainda não são acessíveis a todos. O preço de uma porção grande é de 800 bolívares venezuelanos, ou 126 dólares.

Com o câmbio controlado pelo governo, inflação altíssima e com o colapso do preço do petróleo, que corresponde a 95% do PIB, o país vive uma escassez de diversos produtos.

A importação de batatas caiu 85% no ano passado, segundo a AFP, quando o McDonald’s retirou as fritas do cardápio.

Até então, o tubérculo importado tinha sido substituído pela yuca, raiz também conhecida como cassava, nos mais de 100 restaurantes da rede no país.

Porém, desde o início da semana, o McDonald’s começou uma campanha de marketing anunciando a volta das batatas fritas à rede na Venezuela. Com posts nas redes sociais, a empresa criou um suspense em torno do relançamento.


Mas o que mais surpreendeu os consumidores foi o preço sugerido para as batatinhas. A porção normal irá custar 500 bolívares, cerca de 79 dólares. Já a versão maior sai por 800 bolívares, que são aproximadamente 126 dólares, segundo o câmbio oficial.

Usando o câmbio do mercado negro, no entanto, a batata do McDonald’s valeria 64 centavos de dólares, tamanho médio, e 1,15 dólar, a grande, segundo a Fusion.

Segundo uma porta-voz da Arcos Dorados, que controla as franquias do McDonald’s na América Latina, o retorno das batatas só foi possível buscando fornecedores locais.

A nova batata é feita com ingredientes totalmente nacionais.


A Venezuela enfrenta uma severa falta de produtos, como cerveja e papel higiênico.

Por conta disso, uma camisinha era vendida por mais de 2.000 reais. Já um iPhone 6 só podia ser comprado ao desembolsar 145 mil reais.

Exame
Missão Ushuaia, Venezuela. 8/11/2015

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Unasul aprova missão de observação para as eleições da Venezuela



O chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) aprovaram a missão que será enviada às eleições do próximo dia 6 de dezembro na Venezuela, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte do bloco.

Em comunicado, a organização internacional ressaltou que "essa decisão ratifica a confiança nas missões eleitorais que têm sido enviadas há vários anos pela Unasul para fortalecer a democracia".

O secretário-geral da Unasul, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, afirmou que a missão "representa a oportunidade para que os milhões de venezuelanos decidam por eles mesmos, através da escolha de seus porta-vozes na Assembleia (parlamento), o curso que desejam para seu país nos próximos anos".

Em declarações à Efe, Samper explicou que a missão será de caráter técnico, que atuará em várias cidades da Venezuela e será integrada por cerca de 50 ou 60 pessoas que terão "total liberdade de movimento".

"Eu acredito que dentro de algumas semanas já poderemos enviar a missão", disse Samper. O secretário-geral também indicou que agora começa a parte operacional que regulamentará a imunidade, os privilégios e outros aspectos.

O ex-presidente da Colômbia destacou "a grande responsabilidade" que a Unasul tem "de ser o órgão multilateral mais importante que estará participando, acompanhando e observando as eleições na Venezuela".

No entanto, antes da aprovação anunciada hoje, era necessário um "consenso prévio" sobre "as regras do jogo" que orientarão a missão eleitoral, detalhou Samper.

Esse consenso "foi bastante difícil" porque os países da Unasul "pediram garantias, cláusulas de transparência, em fim, foi um processo muito cansativo", acrescentou o secretário da organização, que considerou que o resultado alcançado ficou "à altura das circunstâncias que atualmente se vivem na Venezuela".

A Corte Eleitoral do Uruguai (CEU), que preside o Conselho Eleitoral de Unasul, já que o país ocupa a presidência rotativa da organização, advertiu no último dia 30 que "o sentido" da missão estava "em risco".

Fontes oficiais explicaram então à Efe que para a CEU, devido à "proximidade das eleições", à "demora e ao esgotamento" dos prazos para a aprovação da missão, o sentido da mesma "quanto a sua eficácia e resultados" estaria "em risco".

Segundo fontes do processo eleitoral, a Unasul enviou uma carta aos chanceleres do bloco solicitando que eles buscassem o consenso necessário para aprovar a missão, diante da necessidade de demonstrar a coesão regional e pela importância para a Venezuela e para a região que as eleições sejam realizadas sob o olhar da organização sul-americana.

Além disso, no dia 20 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil anunciou que não participaria da missão por falta de resposta das autoridades da Venezuela sobre as garantias para uma "observação objetiva e imparcial" e por um suposto veto imposto pelo governo venezuelano ao jurista e ex-ministro Nelson Jobim como líder da missão.

Em seu perfil no Twitter, a Unasul garantiu três dias depois que Nelson Jobim não tinha sido vetado.

Samper disse hoje à Efe que é agora que começa o processo de designação dos responsáveis da missão.

"Enquanto não estivesse conformada oficialmente a missão, não era possível fazer consultas formais para os representantes, mas suponho que amanhã os chanceleres começarão a fazer as respectivas consultas".

Sobre a denúncia de um suposto veto a Jobim, o responsável da Unasul considerou que "foi um mal-entendido lamentável. Não houve nenhum tipo de rejeição a nenhum nome antes e não poderia haver porque, simples e simplesmente, o processo de consulta começa hoje, que é quando começa oficialmente a missão".

Samper acrescentou que os processos por consenso, que é a modalidade de decisão utilizada na Unasul, são sempre difíceis, já que "há posições distintas e é preciso conciliar as diferenças e fazer concessões".

"É um processo que demora muito mais, mas que garante que a união vai como um bloco único" acompanhar as eleições na Venezuela.

A Unasul é formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

EFE
Missão Ushuaia, Venezuela. 06/11/2015.
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Deputados europeus irão à Venezuela para avaliar situação política


Objetivo é preparar o caminho para a visita de uma delegação completa. Missão planeja se reunir com forças do governo e oposição venezuelana.

A "missão exploratória" planeja se reunir com representantes das forças do governo e da oposição venezuelana.

Os três deputados, Ramon Jauregui (do grupo socialista e co-presidente da Eurolat), Gabriel Mato (PPE, conservador) e Fernando Maura (ALDE, liberal), vão "avaliar a situação política e preparar o terreno para a visita de uma delegação do Parlamento".

O Parlamento Europeu aprovou o envio de uma delegação à Venezuela em resoluções votadas em fevereiro e dezembro de 2014 e março de 2015.

Em abril, a Conferência dos Presidentes autorizou o envio da delegação que deveria viajar em julho, mas a viagem foi adiada devido a "falta de cooperação das autoridades venezuelanas", segundo o comunicado.

Os três deputados esperam que a delegação da Eurocâmara viaje para a Venezuela depois das eleições programadas para 6 de dezembro.

Três deputados espanhóis do Parlamento Europeu viajaram para a Venezuela, em uma "missão exploratória" para "avaliar a situação política" no país e preparar o caminho para a visita de uma delegação completa, informou a instituição em um declaração nesta terça-feira (3).

Fonte: G1
Missão Ushuaia, Venezuela. 5/11/2015
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Maduro afirma que respeitará resultado de eleições na Venezuela

Caracas, 3 Nov 2015 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que respeitará os resultados das eleições legislativas de 6 de dezembro, "ganhe quem ganhar", no momento em que as pesquisas apontam para uma vitória da oposição, a primeira em 16 anos de governo "chavista".

"Os resultados que emanarem da soberania popular (...) para mim serão a palavra santa, ganhe quem ganhar...", disse Maduro no Palácio de Miraflores em uma reunião com governadores, entre eles o líder opositor Henrique Capriles.

Maduro, que derrotou Capriles por margem mínima nas eleições de abril de 2013, acrescentou que "todos" devem respeitar os resultados, já que o sistema eleitoral venezuelano "é o mais perfeito, protegido e transparente que se conhece".


O presidente reafirmou o apelo aos próximos deputados para um "diálogo nacional" após as eleições, incluindo os representantes da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os partidos da oposição.

"Estou lhes estendendo a mão, quero conhecê-los, saber das suas propostas e pedir a colaboração constitucional para que possamos trabalhar. A vida democrática do país, a paz do país vale mais que qualquer coisa, que qualquer ambição pessoal, individual".

Jesús Torrealba, secretário-executivo da MUD, declinou da oferta de diálogo, enquanto Capriles, governador do estado de Miranda, não se manifestou.

Integrada por 30 partidos de várias tendências, a MUD lidera as pesquisas para as legislativas, em meio ao crescente descontentamento pela crise econômica e a insegurança no país.

Maduro, eleito para um mandato de seis anos após a morte do presidente Hugo Chávez, em março de 2013, descartou que a oposição possa conquistar a maioria na Assembleia Nacional, mas advertiu que se isto ocorrer, "a revolução jamais se entregará".

O presidente admite que diante da ausência de Chávez e da "guerra econômica" promovida pela oposição estas serão as eleições "mais difíceis" para o "chavismo".

Fonte: AFP
Missão Ushuaia, Venezuela. 4/11/2015.
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Procurador diz que Justiça da Venezuela é governada pelo medo

O ex-procurador venezuelano Franklin Nieves, que fugiu do país, em 
entrevista à Reuters nesta quinta-feira (29) (Foto: Joe Skipper/Reuters)

Franklin Nieves fugiu do país para evitar ser pressionado em julgamento.
Ele foi o responsável por colocar opositor atrás das grades.

Um procurador da Venezuela que ajudou a colocar o líder de oposição Leopoldo López atrás das grades disse que esta semana pediu desculpas, por telefone, aos pais do político preso, depois de fugir do país para evitar ser pressionado pelo governo no julgamento de um recurso.

"Tenho vergonha. Acabei com uma família", disse Franklin Nieves à Reuters, em uma entrevista de uma hora em Miami na qual acusou o governo socialista venezuelano de pressioná-lo a utilizar provas falsas para condenar López. "Na Venezuela governo o medo, que é a forma da lei", disse.

Antonieta Mendoza, a mãe de López, disse à Reuters que perdoou Nieves por causa de sua fé católica, mas não confia nele.

Nieves disse ter iniciado o processo de declaração de asilo político nos Estados Unidos, mas que não manteve nenhum contato com autoridades norte-americanas desde a sua chegada na semana passada.

A Procuradoria-Geral da Venezuela negou esta semana que o órgão tenha pressionado seus integrantes a aceitar falsas evidências no julgamento de López.

O governo diz que López incitou violentos protestos de rua no ano passado, que deixaram 43 pessoas mortas. No entanto, os líderes da oposição afirmam que o julgamento de López é mais uma prova de que o governo do presidente Nicolas Maduro está corrompendo o sistema de justiça para sufocar a dissidência. Em 2012, o magistrado Eladio Aponte, da Suprema Corte, fugiu do país e depois acusou o governo de manipular os tribunais para fins políticos.

Fonte: Reuters
Missão Ushuaia, Venezuela. 30/10/2015
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A Venezuela vai a Miami. Motivada antes pela política, emigração da Venezuela agora dispara sob o impulso da escassez e da falta de segurança no país.


Cidadãos venezuelanos em restaurante em Doral, Flórida. / L. ÁLVAREZ (AP)

Alexis Mogollón é o gerente do El Arepazo, um restaurante muito conhecido em Miami onde os venezuelanos se sentem como se estivessem em casa. Ele vive nos Estados Unidos desde os 29 anos, e afirma nunca ter visto nada igual: desde o começo de 2015, entre 15 e 18 conterrâneos seus aparecem ali para lhe pedir emprego. “É dolorido, mas eu não posso atender”, afirma. Em compensação, aos sábados Mogollón doa comida para uma paróquia que a distribui para venezuelanos em dificuldade.

A situação relatada por Mogollón simboliza um fenômeno crescente: o fluxo constante de venezuelanos que deixam o seu país rumo aos Estados Unidos, mais precisamente, a Miami, fugindo da escassez e da falta de segurança. Os chamados “balseiros do ar” chegam de avião. A maioria afirma no controle da entrada no país que está indo com a família visitar a Disney, em Orlando, localizada 400 quilômetros ao norte de Miami. Entram com visto de turismo, trazendo uma bagagem mínima para não levantar suspeitas, mas seu objetivo é ficar nos Estados Unidos.

Depois disso, muitos deles se dirigem para Doral, uma cidade do condado de Miami-Dade, refúgio de milhares de venezuelanos. Doral é uma cidade emergente, com uma taxa de desemprego de 4%, com 70.000 habitantes, sendo cerca de 30% deles originários da Venezuela, razão pela qual muitos a chamam de Doralzuela. Seu prefeito, Luigi Boria, nasceu em Caracas há 57 anos. “As pessoas estão fugindo dos confrontos, da violência, da falta de segurança e de liberdade”, afirma o prefeito, orgulhoso com a adaptação de seus conterrâneos, que se caracterizam, na maioria, por uma formação acadêmica elevada (há muitos engenheiros, médicos, jornalistas...) e seu impulso empreendedor (por trás de vários projetos empresariais e imobiliários de Miami há capital venezuelano).

Lavar pratos e carros

Em poucos meses, a maioria tenta criar a sua própria empresa, ainda que muitos deles, antes disso, “esfregam pratos e lavam carros”, afirma José Colina, um ex-militar acusado, em seu país, de ter colocado uma bomba na embaixada da Espanha em Caracas em 2003 e que dirige a associação Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex). Doral, que é impregnada pelos sotaques, sabores e sons que nos transportam imaginariamente para Caracas, está cheia de empresas fundadas por venezuelanos que se dedicam à exportação, alimentação e informática.


O Censo realizado a cada 10 anos pelo Governo norte-americano reflete claramente essa diáspora. Em 2000, ele registrava pouco mais de 90.000 venezuelanos nos Estados Unidos, número que disparou para 215.000 apenas 10 anos depois. Esses dados, hoje, já foram nitidamente superados. A associação Veppex, considerada radical pelo Governo de Nicolás Maduro, calcula que somente na Flórida existem mais de 250.000 venezuelanos e que outros cerca de 90.000 residem de forma ilegal no conjunto do país. Colina vê a existência de duas etapas no fenômeno migratório, que possui semelhanças com as diferentes ondas de migração de cubanos para Miami. “Entre 1999 e 2013, 60% dos que chegavam tinham motivação de ordem política. Nos últimos dois anos, 70% vieram por causa do desastre econômico e da falta de segurança”, afirma.

Nesse segundo caso, encaixa-se Juan Alberto Leal, 60 anos, engenheiro civil que chegou a Miami há um ano e meio e que possuía na Venezuela duas pequenas empresas do setor de construção. “Está tudo parado lá, não há encomenda para nada”, afirma Leal, que está usando a sua poupança para montar um pequeno negócio de reformas de casas.

Um outro elemento também distingue as duas etapas da emigração. “Primeiro vieram as pessoas mais endinheiradas. Agora estão chegando os que não têm nada. Desembarcam no aeroporto com uma maleta, 400 dólares no bolso, sem conhecer nada”, afirma o gerente do El Arepazo. É o caso de Carlos Mena, 64 anos, que aterrissou em Miami três meses atrás com a mulher e três filhos. Na Venezuela, era caminhoneiro e vivia bem, até que o ambiente se tornou irrespirável. “Para obter açúcar ou medicamento, era preciso passar a noite inteira em uma fila”, conta Mena, que sobrevive com o pouco dinheiro que trouxe, com a ajuda da paróquia e com o que sua mulher ganha como costureira.

Em meio a esse êxodo, a Veppex prepara, juntamente com congressistas republicanos, uma lei que possibilite a regularização da situação dos venezuelanos que chegaram entre 1999 e 2013. Quanto aos que chegaram depois, Colina tem advertido as autoridades federais dos Estados Unidos a respeito dos “boliburgueses”, pessoas que enriqueceram sob as asas do regime venezuelano e que agora buscam proteger o dinheiro em Miami. “Essas pessoas viviam antes na área financeira de Miami, mas agora investem em Doral”, garante Colina. E ele conclui: “Seu dinheiro vem da corrupção. Sãos os ratos que abandonam o navio”.

Fonte: El País
Missão Ushuaia, Venezuela. 29/10/2015.
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Dias Toffoli confirma decisão do TSE de deixar missão na Venezuela




Ministro disse ter sido procurado pelo Itamaraty, mas que manterá decisão. Governo venezuelano teria vetado Nelson Jobim para monitorar eleição.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, afirmou nesta terça-feira (27) que chegou a ser procurado pelo ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), após anunciar que o tribunal não iria mais participar de uma missão para monitorar as eleições na Venezuela.

Em conversa com jornalistas, afirmou que a “decisão está tomada” e indicou que não vai mais voltar atrás.

“Os poderes são independentes, a decisão está tomada”, disse Toffoli durante cerimônia de posse da ministra Maria Thereza de Assis Moura no cargo de corregedora-geral eleitoral do TSE. Toffoli disse que o ministro agiu de forma “respeitosa” na visita.

Há uma semana, o TSE anunciou que deixará de participar de uma missão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para monitorar as próximas eleições parlamentares venezuelanas, marcadas para 6 de dezembro.

Um dos motivos foi o "suposto veto das autoridades venezuelanas" ao nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, indicado pelo Brasil para chefiar a missão da Unasul, bloco formado por 12 países sul-americanos. Toffoli não soube responder se o bloco já escolheu um novo chefe para a missão.

Na quarta-feira passada, após o anúncio, Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, passaram o dia em negociações com "as partes envolvidas" a fim de encontrar uma solução.

Segundo apurou o G1, o governo brasileiro ainda trabalhava com diferentes cenários, entre os quais o de integrar a comissão da Unasul com um outro participante; convencer as autoridades venezuelanas em relação a Jobim; ou até deixar definitivamente a missão.

O caso

De acordo com o TSE, após o veto ao nome de Jobim, o tribunal buscou um acordo entre a Unasul e o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela que permitisse ao bloco "observar as diferentes fases do processo eleitoral e verificar se as condições institucionais vigentes no país asseguram equidade na disputa eleitoral".

A corte, no entanto, informou que a "demora" do órgão venezuelano em responder ao acordo proposto fez com que a missão da Unasul não pudesse acompanhar a auditoria do sistema eletrônico de votação nem avaliar se haveria equidade nas eleições, "o que, a menos de dois meses das eleições, inviabiliza uma observação adequada".

"Em razão dos fatores acima referidos, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que não participará da missão da Unasul às eleições parlamentares venezuelanas", finalizou o TSE na nota divulgada nesta terça.

Renan Ramalho, G1
Missão Ushuaia, Venezuela. 28/10/2015.
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Henrique Capriles: "O silêncio do Brasil dói". A voz moderada da oposição na Venezuela afirma que as eleições de dezembro não serão limpas – e reclama de o Brasil ignorar os abusos cometidos pelo chavismo

Arte: @Untal_Ro

Henrique Capriles é venezuelano e não desiste nunca. Voz moderada da oposição ao chavismo, governador do Estado de Miranda, derrotado duas vezes na disputa pela Presidência da Venezuela, Capriles acredita em uma vitória da oposição nas eleições legislativas de dezembro – apesar de o presidente, Nicolás Maduro, ter controle do Judiciário, do Tribunal Eleitoral, mandar prender opositores, ter espaço enorme na televisão e usar o Estado para fazer propaganda política descarada. Capriles sabe que as eleições não serão limpas. Acredita, no entanto, nainsatisfação da população com o que ele chama de oficialismo. “Maduro e Diosdado Cabello não representam o chavismo”, diz. Capriles reclama de uma coisa: seja com Chávez, seja com Maduro, a postura do Brasil é de apoio às ações do governo e silêncio diante dos abusos.

PERSISTENTE Henrique Capriles em seu escritório, em Caracas, em 2013. 
Para ele, a oposição não pode repetir os erros do chavismo 
(Foto: Sebastien Micke/Paris Match via Getty Images)

ÉPOCA – O senhor acredita que haverá de fato eleições em dezembro na Venezuela?
Henrique Capriles – Tudo é possível na Venezuela. O oficialismo é capaz de qualquer coisa. Mas os dias vão passando e tudo indica que vai ser difícil e custoso para o governo impedir as eleições. Porque a fachada para a tirania do oficialismo são as eleições. O governo se ancora nas eleições para dizer que há democracia. Sob esse manto, eles cometem todos os abusos e toda a corrupção de que são capazes. Então, acredito que haverá eleições.

ÉPOCA – A oposição pode vencer?
Capriles – Se o pleito fosse na semana que vem, pode ter certeza que a oposição venceria. As pesquisas mais confiáveis garantem uma diferença de mais de 20 para a oposição contra o oficialismo. E olha que as pesquisas na Venezuela não são como as do Brasil. Aqui nem sequer fazem pesquisa por distrito. Mas, mesmo assim, a oposição lidera. Isso mesmo com os abusos e a corrupção que eles cometem.

>> Senadores brasileiros de oposição querem Venezuela fora do Mercosul

ÉPOCA – O processo eleitoral será transparente?
Capriles – De forma alguma. Não é um processo justo. Os integrantes do Tribunal Eleitoral são militantes do chavismo e do governo. Mas é preciso fazer uma ressalva: o voto existe na Venezuela, é secreto, e o pleito ocorre de modo normal. O problema não está na eleição, mas no desenvolvimento do processo. Não há igualdade de condições, os recursos do Estado, rádio e TV, são usados descaradamente pelo governo. São programas pagos com o dinheiro dos contribuintes e que servem para fazer publicidade. O oficialismo usa os bens públicos para azeitar a máquina de propaganda eleitoral. O processo é viciado. Esse é o delito cometido pelo oficialismo. A lei é clara: não se podem usar recursos públicos na campanha. Mas quem deveria arbitrar não é árbitro, é uma parte interessada. Por isso o processo eleitoral está sempre viciado.

>> Direitos humanos são violados na Venezuela

ÉPOCA – Isso faz da Venezuela uma ditadura de fato?
Capriles – Na Venezuela, sei o que não existe: democracia. Mas não vivemos numa ditadura. Há uma diferença entre ditadura, totalitarismo e democracia. A Venezuela está nas mãos de um governo totalitário, que quer controlar as instituições do país. Temos o governo mais corrupto do mundo. Não existe uma democracia como deve ser. Mas, infelizmente, esse é o menor dos problemas do país.

ÉPOCA – Qual é o maior problema da Venezuela?
Capriles – A crise social. Isso é o que importa para os venezuelanos, e é isso que a oposição precisa discutir. A Venezuela é o país em que mais cresce a pobreza. Não é o Haiti, nem Cuba, é a Venezuela. A situação da pobreza é a mesma situação de quando Hugo Chávez chegou ao poder (em 1999). Chávez chegou ao governo com o discurso de acabar com a pobreza, e a situação hoje é a mesma de quando ele chegou lá. A pobreza que cresce é o desafio que devemos encarar. Essa crise social é a agenda do venezuelano, muito mais do que os problemas políticos que os meios de comunicação destacam. A imprensa estrangeira ignora os dramas sociais e a crise econômica que estamos vivendo, não se mete nos bairros, onde as pessoas sofrem, se interessa apenas pelos temas políticos.

>> Torre de David, a favela vertical da Venezuela

ÉPOCA – Se o chavismo perder as eleições de dezembro, o que os chavistas farão? Eles vão deixar o poder?
Capriles – O chavismo era Chávez. Hoje eles estão no poder, mas o chavismo acabou, virou o que chamo de oficialismo. Eles tem o Estado, tudo o que fazem é para manter o poder. O partido do governo tem uma força política, é claro. Mas essa força política não é mais maioria na Venezuela. O chavismo, sem Chávez, não tem quem o represente. Nicolás Maduro e (Diosdado) Cabello (presidente da Assembleia Nacional da Venezuela) não representam o sentimento do chavismo. Há um vácuo entre os apoiadores do chavismo. O partido oficialista está sem liderança. O chavismo só respira porque o partido do governo tem força, mas apenas por estar no governo. Mas a oposição não pode cometer os mesmos erros do oficialismo.
"O chavismo, sem Chávez, não existe. Maduro e Cabello não representam o sentimento do chavismo"

ÉPOCA – Como assim?
Capriles – Quando o oficialismo sair do poder, a mudança não pode ser para substituir um projeto hegemônico por outro. Chega de fascismo. Quero um país plural, com muitas vozes, em que acabe a exclusão. O que vemos hoje na Venezuela não é um governo de esquerda, mas um governo fascista. Tem de haver uma mudança no caminho do país. Um ciclo se esgotou, mas parte da oposição não entende como se aglutina uma maioria, e como uma maioria deve chegar ao poder. Vivem isolados, querem uma ruptura, uma comoção, um radicalismo. Mas a única forma de vitória é mudar o poder político por vias legais e legítimas. Essa maioria eleitoral que se forma graças à insatisfação social vai ganhar, e vai se impor, mas de modo pacífico e constitucional. Caso contrário, não é mudança. E, para uma mudança duradoura na Venezuela, é totalmente necessário incluir as vozes do oficialismo.

>> Os superpoderes de Maduro

ÉPOCA – Isso é factível? Há com quem dialogar dentro do chavismo e do governo? 
Capriles – Quando falo em fazer pontes com o oficialismo, não me refiro aos dirigentes, à cúpula. Falo do povo. Claro que não podemos negociar com aqueles que conduziram o país a uma inflação de 142% em nove meses, com quem fez a Venezuela ter a inflação mais alta do planeta, com quem levou o país aos piores índices de violência de sua história. Esses que jogaram o país na lama são aqueles que devem sair do poder. Alguns terão de responder à Justiça por seus atos de corrupção, porque são bilhões de dólares roubados. Mas o povo, quem está nas ruas, quem acreditou no projeto do chavismo, e foi enganado por ele, tem de ser incluído. O chavismo é uma realidade política no país, não podemos fingir que não existe. Não podemos cometer o pecado de reeditar todos os vícios que vimos nas mãos de outros governantes. É preciso reconhecer os que militam no oficialismo e permitir que eles possam exercer seus direitos políticos, sem revanches, sem perseguição, sem judicialização. Uma coisa é o povo chavista, que acredita no chavismo, outra coisa é Nicolás Maduro e seu governo. Maduro não representa esse povo.

ÉPOCA – O senhor tem um discurso brando comparado a outros opositores. A oposição venezuelana está unida?
Capriles – Está unida eleitoralmente. Pela primeira vez em muitos anos a oposição apresentou uma proposta eleitoral única. Mas há distintas visões dentro da oposição, e isso é bom, isso é a democracia. O sistema eleitoral em algum momento precisa mudar. Não há o segundo turno, o que é péssimo em um sistema com muitos partidos. Isso obriga que você tenha de formar uma coalizão em bloco, apesar de todas as sensíveis diferenças, porque caso contrário não há possibilidade de ganhar. Mas, apesar de tudo, há uma união eleitoral na oposição.

ÉPOCA – Como o senhor analisa a posição do Brasil em relação à Venezuela?
Capriles – Eu esperava mais do Brasil. Como venezuelano que respeita e admira profundamente o Brasil e os brasileiros, esperava mais tanto do presidente Lula quanto da presidente Dilma Rousseff. Sempre tive uma relação de respeito com o Brasil, apesar dos presidentes Lula e Dilma sempre terem sido favoráveis ao governo Chávez e a Maduro. Lamentei muito quando Lula se meteu na campanha chavista para eleger Maduro. Foi uma intromissão – mesmo com a oposição venezuelana tendo sido sempre respeitosa e nunca tendo se metido nos processos políticos internos do Brasil. Mas me decepcionei. Eu esperava muito mais do governo do Brasil, porque o Brasil não é apenas mais um país na América Latina. É o país com maior peso regional. Eu esperava uma postura mais condizente de um país que tem instituições sólidas, que acredita na união da América Latina. Queria que o Brasil tivesse coisas a dizer e coisas a pedir a um governo que não respeita as instituições e alimenta a desunião. Por que o governo brasileiro, mesmo sabendo de todas as irregularidades e os atropelos não democráticos do chavismo, apoia o oficialismo? O silêncio do Brasil dói.

ÉPOCA, RODRIGO TURRER
Missão Ushuaia, Venezuela. 27/10/2015.
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